#02 Anna Bella Geiger

babCAST
#02 Anna Bella Geiger

Entrevista concedida por Anna Bella Geiger para nosso babCAST revela um pouco mais sobre as circunstâncias que levaram a artista, no início dos anos 1970, a criar a sua série 'Lunar', agora editada, com exclusividade, pela babEL Galerie, em formato fine art. Do acesso às fotos originais da NASA a todo o processo de execução dos trabalhos, Anna nos fala sobre as relações conceituais que atravessam seu processo de criação com a fotografia. Leia mais…

/

Entrevista concedida por Anna Bella Geiger para nosso babCAST revela um pouco mais sobre as circunstâncias que levaram a artista, no início dos anos 1970, a criar a sua série ‘Lunar’, agora editada, com exclusividade, pela babEL Galerie, em formato fine art. Do acesso às fotos originais da NASA a todo o processo de execução dos trabalhos, Anna nos fala sobre as relações conceituais que atravessam seu processo de criação com a fotografia.

Desde a década de 1970, a representação cartográfica é recorrente na obra de Anna Bella Geiger, através de conceitos como local, global, territorial, fronteiriço, entre outros. A motivação para a artista se apropriar desses conceitos foi, em parte, a chegada do homem à lua, em 1969.

Títulos como centro x periferia, certo x errado, local x global adquiriram outro sentido ao serem ‘remetidos’ para a superfície lunar, assinalando conceitos opostos, diversos e de caráter político; significando, inclusive, o desejo de liberdade de expressão.

Esses pares de dualidades incluíam também termos utilizados nas próprias nomenclaturas que constam da cartografia lunar, como ‘Mare Tranquillitatis x Oceanus Procellarum’.

Esta série de gravuras  denominadas, inicialmente, de ‘Polaridades’, pelo seu sentido conceitual  tornou-se conhecida como ‘Fase Lunar’ (1970-74).

Anna obteve fotos originais da NASA, em 1970, e começou a transformá-las através de processos da fotogravura em metal, utilizando ácido nítrico, de alto efeito corrosivo, técnica pouco conhecida à época. O uso da dualidade nos próprios títulos, alguns inseridos na própria imagem, somado à dificuldade de inserir a impressão serigráfica em cor sob a fotogravura – tudo isso resultou, após dois anos de erros e acertos, num dos trabalhos mais complexos de sua trajetória.

Veja a série Lunar galerie